As queimadas fazem desaparecer as florestas e ainda prejudicam as fontes de água. O diagnóstico científico é resultado de uma tese de doutorado na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
Nos últimos 50 anos, o Parque Estadual da Serra do Rola-Moça, o terceiro maior parque de preservação ambiental em área urbana do Brasil, perdeu 40% de sua cobertura florestal. O fogo foi a principal causa e gerou consequências devastadoras, como a maior presença de grama onde havia mata, o que tornou o ambiente mais inflamável.
O estudo usou imagens de satélites e modelos matemáticos para simular o volume de chuva em diferentes cenários, com ajustes à topografia da região. Os cientistas constataram que as florestas são mais eficientes do que os campos e as savanas no processo de infiltração. Como há menos árvores por conta das queimadas, houve uma queda de 18% na infiltração de água no solo do parque.
A devastação provocou outro problema grave, o aumento de 25% no escoamento superficial dessa água. Os cientistas garantem: o escoamento deve ser sempre menor do que a infiltração. Esses fatores juntos aumentam o risco de colapso hídrico e a ocorrência de inundações em períodos de chuva extrema.
O trabalho foi publicado em um periódico de renome internacional.
A matéria é da Rede Minas, emissora parceira da nossa rede.
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