O governo federal decidiu não aumentar os preços dos produtos dos Estados Unidos que entram no Brasil, em resposta às tarifas impostas pelo presidente Donald Trump sobre o aço e o alumínio brasileiros. Essas tarifas tornaram os produtos brasileiros mais caros no mercado norte-americano, o que pode reduzir as exportações do Brasil para os EUA. A decisão foi anunciada após uma reunião do Ministério da Fazenda com empresários do setor de aço.
Desde fevereiro, o governo brasileiro está monitorando a situação, e a posição atual é de negociar em vez de retaliar. De acordo com o ministro Fernando Haddad, o país está estudando propostas do setor que buscam formas de negociar com argumentos consistentes. Os empresários também apresentaram medidas de proteção para a indústria nacional.
Na próxima sexta-feira (14), o governo pretende retomar as negociações com os Estados Unidos para reverter a tarifa de 25% sobre as exportações americanas de aço e alumínio. O trabalho está centralizado no Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC), que, em parceria com o Itamaraty, classificou a decisão dos EUA como "injustificada e equivocada". O governo se comprometeu a defender os interesses dos produtores nacionais no comércio exterior, inclusive junto à Organização Mundial do Comércio.
De acordo com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), as tarifas podem resultar em uma perda de US$ 1,5 bilhão nas exportações brasileiras e uma queda na produção de quase 700 mil toneladas de aço e alumínio até 2025. No entanto, o impacto sobre a economia brasileira como um todo deve ser relativamente pequeno, pois as exportações afetadas representam uma fração do total. O governo acredita que, apesar das dificuldades enfrentadas por um segmento específico, o efeito geral sobre a economia não será significativo.
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