Cerca de 70 entidades do movimento negro denunciaram a morte do vendedor ambulante senegalês em São Paulo à Comissão Interamericana de Direitos Humanos. Os movimentos pedem urgência na análise da denúncia feita no ano ado contra o governador Tarcísio de Freitas e o secretário de Segurança Pública, Guilherme Derrite, em razão do aumento da letalidade policial no estado.
Hoje (14) à tarde, as entidades ligadas ao movimento negro realizaram uma manifestação na Praça da República, na região central de São Paulo. "Não queremos que os que já estão aqui vejam nossos irmãos que vêm em busca de melhores condições de vida sendo tratados com suspeição. Se é haitiano, senegalês, congolês ou africano, todos devem ser bem-vindos. Nós, que estamos aqui, temos que exercer um trabalho de proteção em relação a esses que vêm e que chegam”, destacou o cantor e ativista Chico César,
Ngange Mbaye foi morto na tarde de sexta-feira (11) na região do comércio popular do Brás, no centro da capital paulista. Policiais militares realizavam uma operação contra o comércio clandestino, recolhendo mercadorias de ambulantes. O imigrante tentou recuperar a mercadoria de uma colega e usou uma barra de ferro contra os PMs. Um dos policiais sacou a arma e disparou contra Ngange, que correu em seguida. Ele foi socorrido, mas não resistiu aos ferimentos.
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