Pela primeira vez, as mulheres são a maioria dos médicos brasileiros: 50,9% do total de profissionais. Essa é uma das informações do levantamento sobre o perfil dos médicos brasileiros que deve auxiliar na criação de políticas públicas para o setor.
Pacientes com plano de saúde fazem mais cirurgias de remoção do apêndice, retirada da vesícula biliar e correções de hérnias abdominais, proporcionalmente, que os atendidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Os dados são do estudo Demografia Médica 2025, lançado hoje (30), que analisa o perfil dos médicos brasileiros e vai auxiliar o Ministério da Saúde a criar políticas públicas para o setor.
“O que o estudo demonstra é que, em 2035, o Brasil terá mais de 1,1 milhão de médicos. Isso significa cinco médicos por mil habitantes. O desafio agora é fazer essa expansão de oferta de profissionais possa beneficiar a população como um todo, principalmente o Serviço Único de Saúde”, afirma Mario Scheffer, coordenador do estudo Demografia Médica no Brasil.
Segundo o levantamento, em dezembro de 2024, o país contava com mais de 353 mil médicos especialistas. Mas o Brasil ainda está abaixo da média de especialistas dos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico. No Brasil, são 59%, enquanto nos países da OCDE são quase 63%.
Neste ano, pela primeira vez, as mulheres serão a maioria dos médicos, com 50,9% do total de profissionais. Um aumento de quase 10 pontos percentuais em relação a 2010, quando representavam 41% da população médica.
“É um sinal de avanço muito importante quando as mulheres am a ser maioria de um setor que, ao longo de séculos, foi dominado pelos homens. (...) E que o fato de ser mulher (...) não seja um obstáculo para que elas possam progredir na carreira”, afirmou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.
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