O Brasil tem a honra de contar com a primeira mulher a receber um prêmio considerado o "Nobel da Agricultura". A premiação reconhece o trabalho da cientista da Embrapa Mariângela Hungria, que tem se dedicado há mais de 40 anos ao desenvolvimento de tecnologias em microbiologia do solo, revolucionando a agricultura no país.
Natural de Itapetininga, interior de São Paulo, Mariângela trabalha na substituição de fertilizantes químicos por micro-organismos, aumentando a produção e a qualidade dos alimentos. "As pessoas achavam que só conseguiriam produzir alimentos em quantidades suficientes utilizando muito químico, mas eu defendia que há um caminho onde os biológicos podem substituir total ou parcialmente os químicos", destaca a pesquisadora. Apesar de enfrentar ceticismo, ela nunca desviou de sua crença.
Essa perseverança trouxe resultados significativos para suas pesquisas. Mariângela também contou com o apoio contínuo do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), onde é bolsista de produtividade em seu mais alto nível. O CNPq expressou satisfação em ter Mariângela no seu corpo de bolsistas, o que demonstra o cumprimento de sua missão e o reconhecimento da agência como um importante órgão fomentador de pesquisas.
O prêmio é um reconhecimento internacional para aqueles que trabalham para aprimorar a qualidade e a quantidade de alimentos no mundo. No Brasil, apenas três cientistas homens haviam sido contemplados com essa honraria anteriormente.
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